terça-feira, 2 de maio de 2017

Eu Quero!

A propósito do Dia do Trabalho, teço algumas considerações.
Após o desmando dos governos petistas, que fizeram o Brasil mergulhar numa profunda crise de identidade, a ponto de muitos repetirem ter vergonha de pertencer a este país, eis que contamos, hoje, dentre outras mazelas, a assombrosa cifra de quatorze milhões de desempregados.
Quem tem seu emprego, aferra-se a ele como única tábua de salvação; quem não trabalha com uma remuneração fixa, seja ela mensal, quinzenal ou semanal dá asas à imaginação e parte para o trabalho informal, cuja gama de atividades é ampla, de acordo com as aptidões de cada um.
Nesse vale tudo, muitos se desviam de suas profissões de origem para exercer tarefas nunca dantes imaginadas, mas que a necessidade obriga.
Não há nenhuma desonra em  ter colado grau numa profissão que exigiu muito estudo, pesquisa e aporte financeiro e, por força de alguma circunstância,  ver-se obrigado a ter que fazer um atalho, para poder sobreviver; mas que deve ser altamente frustrante e doloroso, não tenho dúvida que sim.
Ademais, considero injusto, porque essa pessoa, ao lado de centenas de outras, é quem está pagando a conta das falcatruas e roubalheiras perpetradas contra a coisa pública, e não somente pelos políticos:
há uma casta de que tomou conta do Brasil e há anos vêm, sistematicamente, rapinando tudo o que pode.
O resultado disso é que cidadãos e cidadãs são submetidos a verdadeiras humilhações, como por exemplo,  receber o salário parcelado, as férias em dez vezes, as licenças relegadas ao esquecimento, as horas extras trabalhadas impagas, e por aí vai.
Não há dinheiro, é o que repetem os governantes, como uma espécie de mantra.
Mas há, sim, solução, propala o grande guru que, se eleito for em 2018, tornará o Brasil rico e próspero outra vez!
É de perguntar-se: a que preço?
Se o preço a pagar pelo " desenvolvimento " da nação é este que estamos pagando, agradecida, mas não quero.
Quero paz, segurança. saúde, educação de qualidade e trabalho digno com remuneração adequada.
Sobretudo, quero que a verdade contida nesse cipoal de crimes contra a administração venha à tona.
Quero um julgamento limpo.
Mas, acima de tudo, quero cada trabalhador e cada trabalhadora em seus postos de trabalho.
Sem ser aviltado, explorado e denegrido em sua imagem, por conta do "atalho" ao qual me referi anteriormente.
Quero um país normal, onde o que é certo significa certo, e o que é errado e ilícito é punido.
Tomara que, em um futuro próximo, possamos realmente celebrar o Dia 1° de Maio, não com protestos e depredações, mas com a serenidade e a alegria dos que, efetivamente, labutam por um país cada vez melhor!