quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Tempo, Tempo!

Costumo abrir a Bíblia ao acaso, não sem antes agradecer a Deus por estar aqui e desfrutar da ventura do dia que se descortina, novinho em folha e, igualmente, pedir respostas.
É notável como elas sempre vêm, e não que eu precise de provas do Senhor, de forma alguma!
Apenas, minhas indagações são plenamente satisfeitas e, por essa razão, divido com vocês o que está escrito em Eclesiastes 2-3:
Tudo tem seu tempo.  - Todas as coisas têm seu tempo e todas elas passam debaixo do céu segundo o termo que a cada uma foi prescrito. Há tempo de nascer e tempo de morrer. Há tempo de plantar. Há tempo de arrancar o que se plantou. Há tempo de matar e tempo de sarar. Há tempo de destruir e tempo de edificar. Há tempo de chorar e tempo de rir. Há tempo de se afligir e tempo de dançar. Há tempo de se espalhar pedras e tempo de as ajuntar. Há tempo de dar abraços e tempo de se afastar deles. Há tempo de adquirir e tempo de perder. Há tempo de guardar e tempo de lançar fora. Há tempo de rasgar e tempo de coser.Há tempo de calar e tempo de falar. Há tempo de amor e tempo de ódio. Há tempo de guerra e tempo de paz.
Divino!
Desculpem a redundância.
É que, para mim, o ato de rezar é magnífico, na medida em que me enche de paz, e as inquietações da alma tornam-se insignificantes.
Estava eu bastante aborrecida, pois ninguém gosta de sentir-se uma tola, ou usada.
 Talvez não sejam bem estas as palavras corretas para definir o que senti quando um amigo de longa data, há mais de ano, decidiu afastar-se de mim por divergentes opiniões políticas.
Devo acrescentar que o fez num momento crítico da minha vida: estava eu na metade das sessões de quimioterapia, portanto frágil, física e emocionalmente.
Fato é que, ante semelhante ato tão cruel quanto covarde, nada me restou a não ser guardá-lo no baú das ilusões perdidas.
Mas, notem bem, não lancei a sujeira do camarada no baú do esquecimento pois, entre meus incontáveis defeitos, eis um deles: perdoo, pero no me olvido.
O tempo passou.
Para ser mais exata, um ano.
E, certo dia, retorna o meu amigo, para contar-me os infortúnios pelos quais acabava de passar.
Respondi educadamente, inclusive, com afeto...(outro grave defeito).
Entrementes, o baú das ilusões perdidas se abriu, e dele, como um grande leque, por vezes colorido, outras tantas preto e branco e, em sua maioria, repleto de imagens cinzentas, o tempo partilhado com tão solerte pessoa veio à luz, a fim de não permitir que, uma vez mais, eu passasse recibo de idiota.
Na dúvida entre perdoar e seguir em frente e retomar a amizade, ou simplesmente sugerir ao mesmo que fosse lamber sabão, recorri ao Livro dos Livros, o qual, de forma sublime, aquietou meu coração.
Há tempo de dar abraços e tempo de se afastar deles.
Obtive minha resposta!






 

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