segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O Preço da Agressividade

Ponho-me a observar as condutas das pessoas nestes tempos de política, e na fala que adotam para defender seus candidatos.
E confesso que até para mim, uma pessoa agressiva por natureza, causa estranheza e, por que não dizer, um certo temor quando leio os comentários que inundam as redes sociais, e os há de todo tipo: irônicos, debochados, desrespeitosos, furiosos, ameaçadores.
Em todos, contudo, verifica-se uma constante: a absoluta e total falta de respeito para com a vítima do ataque,  o qual é perpetrado independentemente  da posição social, do nível de instrução, de cultura e de conhecimento de seu(s) autor(es).
Quem sou eu para criticar, se fiz e faço a mesma coisa em relação ao sacrossanto Partido dos Trabalhadores e seus " ínclitos" líderes e representantes?
A facilidade de entrar numa rede social e lascar uma monte de barbaridades leva-nos a uma pseudo sensação de impunidade pois se, de um lado, as redes sociais parecem ser terra de ninguém, onde escrevemos quase tudo o que nos vem à cabeça nos momentos de extrema raiva por uma derrota sofrida, ou de euforia por vitórias alcançadas, não podemos olvidar que, logo ali, à meia quadra, poderemos esbarrar naquela pessoa que foi alvo de nossa crítica feroz, do comentário deselegante, do pré julgamento.
E  aí, o que fazer?
O preço que se paga por ser agressivo é bem salgado.
Para bancar a boca suja e o extremo deboche, para manter os juízos de valor que, por vezes, restam completamente equivocados, para isso é preciso ter muito café no bule e, acima de tudo, convicção e coragem para encarar aquele ou aquela que viraram alvo.
De igual modo há, também, a reação da vítima, ou sua completa indiferença, o que não deixa de ser uma forma de agressão.
Enfim.
O fim de um ciclo leva-nos a refletir e a ponderar sobre atitudes dantes adotadas, e a pensar até onde nos leva o calor da paixão político-partidária.
Não deveria ser assim, mas é.
A política tem disso, não há meio termo.
Entretanto, pelo caminho percorrido entre a campanha eleitoral,  a eleição e o resultado final vão ficando  colegas de trabalho, amizades, companheiros de partido, desafetos políticos.
Pessoas que agredimos, e que nos agridem.
Uma lástima que seja dessa forma.
Entretanto,  uma vez  terminado o pleito e proclamados os vencedores, deve-se ter, no mínimo,  a decência de estancar o processo agressivo, em nome da democracia, em respeito à vontade da maioria dos cidadãos, exarada nas urnas e, também, em respeito aos vencidos.
É assim que deve ser, é o correto.
O que se almeja de um novo governo é que o mesmo seja excelente para a comunidade como um todo,  que busque atender as necessidades dos munícipes e que trabalhe em prol de toda a sociedade, independentemente de cores partidárias.
E que as agressões que permearam, por todos os lados, a campanha política  fiquem para trás e caiam no esquecimento, pois somente o respeito, a união e a paz podem gerar crescimento e felicidade para todos.










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