domingo, 8 de fevereiro de 2015

Pernambuco, Paraíso!

São dessas surpresas maravilhosas que de vez em quando acontecem e, pelo inesperado da coisa, nos tomam assim, desprevenidas e impossibilitadas de dizer não.
No final do ano passado, ganhei de presente de minha filha Marina uma viagem de oito dias.
Destino: Porto de Galinhas, Pernambuco.
Confesso que, a par da alegria imensa, levei um susto, minhas férias estavam planejadas há meses e nem de longe sonhava que seriam por aquelas bandas.
Torres, no Rio Grande do Sul, era o roteiro definido, sem qualquer alteração, e aquele pacote virou tudo de cabeça pra baixo.
A começar pelo voo.
De Porto Alegre ao Rio de Janeiro, do Rio ao Recife.
Total da brincadeira, 5 horas.
Não curto andar de avião, mas isso é papo para outra postagem.
Fato que é a mudança de rota, de estado e de horário ( não tem horário de verão em Pernambuco), cumulado com o fato de que eu estava indo pelas mãos da minha filha, não sabia nada sobre o hotel, a praia, os passeios, tudo isso despertou uma parte de mim há muito tempo adormecida: o gosto pela aventura, pela quebra total de antigas rotinas, pelo novo.
Um salto para o desconhecido.
Com esse espírito, arregle mi valijita e fui, a legítima que saiu sem lenço e sem documento, numa inversão completa de tudo o que havia programado.
O resultado, para tentar resumir oito dias de absoluta felicidade, foi o seguinte:
Um estado de espírito de permanente alegria mas, acima de tudo, de gratidão.
Quando vi o mar azul turquesa de Maragogi(Alagoas)diante dos meus olhos, as piscinas naturais, os corais, fiquei extasiada diante de tanta beleza.
Senti vontade de chorar, e chorei.
De puro contentamento!
Naquele momento, agradeci a Deus pela suprema ventura de poder estar viva, apreciando aquela paisagem de sonho.
Quando o barco saiu, singrando o mar de um azul inigualável, sem balançar, apenas levado pela brisa e, uma hora depois parou, e desci naquela água nem quente nem fria - perfeita, observando os peixes coloridos enroscando-se em minhas pernas, brincando, parece que riam, eles também, nada mais me fazia falta, eu seria capaz de passar ali horas e dias e semanas e meses e anos, sim, eu ficaria lá, de bom grado.
Quando andei de buggy, peito nu, cabelo ao vento, voltei a ter 13, 14 anos, e curti muito aquela sensação do sol queimando minhas costas, meus ombros e, a nossa frente, uma estrada que levava em direção ao mar, ao mar escandalosamente azul, transparente.
Meus amigos, através destas pequenas linhas quero dizer a vocês o seguinte: sair da nossa zona de conforto, mudar, ir até mares nunca dantes navegados é altamente prazeroso e revigorante.
Foram oito dias desligada do mundo, de tudo e todos.
Disparado, as melhores férias da minha vida.
Marina soube escolher, à perfeição, o horário dos voos, a pousada, os passeios, tudo funcionou muito bem!
Na hora de voltar, o coração ficou tão apertado que, em pleno aeroporto do Recife, sentei num cantinho e chorei: não é fácil deixar para trás o Paraíso!





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