segunda-feira, 2 de março de 2015

O 1º Dia Do Ano

Brasileiramente falando, hoje é o primeiro dia útil do ano de 2015.
Acabaram-se as férias, foi-se o Carnaval e os  preparativos que o antecederam estes, por si só, uma festa à parte, estudantes voltaram às aulas, e rotinas estão, outra vez, presentes.
Que chatice!
Nem eu mesma consigo acreditar no que estou escrevendo.
Algo aconteceu comigo nas últimas férias.
Não, a coisa começou mais cedo, quando fui ao Rio de Janeiro em outubro.
Quatro dias de sol, de mar, de alegria.
E, claro, no meio de tudo, a quadra do Salgueiro.
Sim, ali foi o início de uma nova visão sobre tudo e sobre todos.
Um novo mundo existia e, por mais que me dissessem que estar um par de dias, como turista,  era uma coisa,  e morar lá era outra muito diferente, bueno, tá, fiz de conta que acreditei.
Voltei a meus afazeres cotidianos e, pois é, não queria falar mas, comparados àquela magia toda, ficaram extremamente sem graça.
Trabalhei a pau e corda até o final do ano de 2014, não sem pensar, diariamente, no Rio de Janeiro e seus encantos.
Na leveza dos dias, no colorido da cidade.
Eis que me vejo, então, dia 5 de janeiro (olha o janeiro aí de novo...) de 2015 rumo a Pernambuco e àquelas férias de sonho que minha filha Marina me proporcionou.
Oito dias no Paraíso.
Oito!
É uma miséria, é uma ofensa, até, passar apenas oito míseros dias contra o restante dos dias do ano.
Isso não seria nada, se eu voltasse de Pernambuco e já parasse no Rio de Janeiro, só que não, vim voltando, voltando, até a sobriedade de Porto Alegre e, dias depois, até Itaqui.
Escondi todos os objetos com os quais poderia me cortar os pulsos (brincadeira).
Parêntese: eu adoro o Portinho, todos sabem, mas quando entrei no táxi fiquei olhando a paisagem até chegar em casa e achei tudo tão cinza, tão escuro... sem contar o mau humor do motorista.
Coisas...
Talvez eu tenha chegado sorridente demais.
Alegre demais.
Feliz demais.
E, como vocês sabem, meus queridos amigos,  se um pouco de felicidade incomoda muita gente, felicidade demais incomoda muito mais!
Sim, é bom voltar para casa.
Entretanto, um pedaço do meu coração ficou por lá: uma parte no Rio de Janeiro, naquela Copacabana maravilhosa, na quadra do Salgueiro; a outra em Porto de Galinhas, outra em Olinda, e o restante voltou pra cá.
O ano recomeçou, trabalhar é preciso, focar nas questões objetivas que se impõe, idem, encarar o Outono que se aproxima, enfrentar o Inverno e aguardar a Primavera para, finalmente, chegar até o Verão outra vez.
Nunca tinha me acontecido isso antes...
Pela primeira vez em 53 anos, senti uma vontade danada de largar tudo e sair por aí e cair na gandaia, me acabando de rir, como diz a música.
Hoje é segunda, dia 02 de março de 2015.
Nove meses me separam das férias.
O tempo de uma gestação.
Quem sabe, o tempo necessário para implantar tantas mudanças que rondam minha cabeça,  e voltar ao  Rio de Janeiro, a Porto de Galinhas e a Olinda em busca dos pedaços de coração que por lá deixei.

Boa semana, ótimo retorno às atividades!





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