terça-feira, 18 de novembro de 2014

Reforma Interna

Estou há dez dias sem escrever uma mísera linha, que seja, ao menos para alegrar um pouco meu fã clube de meia dúzia de gatos pingados, que reclama, diariamente, da falta de postagens.
É que não tenho como fazer tudo ao mesmo tempo, embora quisesse, muito, proceder dessa maneira.
Os dias vão passando, e não há tempo.
Sinal de que dezembro se avizinha.
Então, desde já, peço desculpas aos meus queridos amigos, que me brindam com seu tempo para ler o que escrevo, e aviso, de antemão, que será assim até o final do ano: postagens esporádicas.
Hoje vou falar sobre obras.
Obras de alvenaria e pequenos reparos.
Tenho sido largamente criticada por gostar de fazer obras e arrumações.
E são críticas pesadas.
Devo dizer a vocês, entretanto, que não me importo com isso embora, além do estresse causado pela reforma em si, precise aturar cara feia, o que gera também, mais estresse.
Preciso?
Pois é.
Ao mesmo tempo em que sou alvo de tantas reclamações enquanto me esforço para embelezar o entorno, também penso.
Penso muito.
E, juntamente com as obras e reformas que tenho levado a cabo todos estes meses, concluí que está mais do que na hora de fazer uma reforma geral, ampla e irrestrita em mim mesma.
Uma mudança radical, assim como quem mudou do carpete para o porcelanato, numa comparação grosseira.
Há um tempo,  na vida, em que ficamos adiando as reformas interiores de que necessitamos.
Mudanças que nos farão respirar melhor,  acordar bem para levar adiante o dia que se descortina,  sem nenhuma interferência que se origine do mau humor ou de seja lá o que for.
Talvez eu devesse ter me reformado a mim mesma por primeiro, ao invés de ter pintado paredes e trocado pisos.
Quem sabe, se eu tivesse mochilado na Europa por uns seis meses e tivesse deixado as paredes descascadas para depois, talvez eu não tivesse sido tão criticada.
Fato é que, assim como os cômodos da casa que passaram por uma reforma, também eu mudei.
Foram-se,  junto com os pedaços de reboco que saíram das paredes, com o piso velho e manchado, partes de mim que tampouco me serviam mais, estavam ali apenas como uma sombra, um peso, um estorvo.
E quem, com a vibrante luminosidade do verão, consegue conviver com a melancolia do outono?
Assim como os entulhos que saíram da reforma, também eu mudei,  para mandar embora tudo que atravanca meu caminho.
Uma faxina interna para deixar tudo mais leve.
Eu, passarinho...
2014 está findando e, das muitas coisas boas que realizei este ano, a decisão de uma reforma interna foi, sem dúvida, a melhor obra que concretizei.







Nenhum comentário:

Postar um comentário