terça-feira, 28 de março de 2017

O Diamante, a Zircônia e o Ouro.

Há amores que são puros e límpidos,  como o são os diamantes legítimos.
Assemelham-se às águas cristalinas das vertentes, brancas, limpas, transparentes.
Perfumadas, inclusive.
São amores que saciam nossa sede, refrescam nossa alma em tempos de seca, aplacam nosso cansaço e nos deixam com uma sensação de plenitude e de paz.
Outros vêm cheios de plumas e paetês, muito brilho, glamour e purpurina, uma visão que, primeiramente nos cega pela beleza e, a seguir, nos encanta e nos fascina, como borboletas atraídas pela luminosidade.
Entretanto, não passam de simples zircônia, aquela que parece, mas não é.
Um falso brilhante que não resiste à passagem do tempo e, na primeira oportunidade, mostra o fundo, isto é, oco por dentro.
Pura estampa, nada fina, por sinal.
Há amores que são como o ouro, o rei dos metais.
Atravessam chuvas, ventos e tempestades mas não perdem a força e o valor, ao contrário: quanto mais tempo passam juntos, mais se amoldam, pois o ouro é maleável, sem deixar de refletir a luz.
Há que ser um expert em vivências para conseguir distinguir uns dos outros: aqueles que, como os córregos, apenas passam por nossas vidas mas nos deixam com uma reserva de água pura que levaremos para usar nas piores horas; os que aparentam ser o que não são, nos enganam e nos deixam com um vazio, eis que nada nos acrescentam, mera ilusão de Carnaval que termina na Quarta Feira de Cinzas; e os que são como o ouro, e que são os que ficam.
E pensar que, por essas circunstâncias da vida, às vezes trocamos o brilhante pela zircônia, e guardamos o ouro em um compartimento de pouco uso, quase que esquecendo de seu valor.
Precisamos ficar atentos e com o coração aberto, por que ele, e somente ele, sabe reconhecer a diferença!
 






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