quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Pequenos Traumas

A vida, e devo dizer, de antemão, que de nada me puedo quejar, embora tenha passado por fases pesadas, vai te deixando, além de experiências enriquecedoras e alegres, outras  nem  tanto.
E, com isso, as marcas vão ficando.
Umas maiores, outras de menor potencial, mas elas estão lá, em algum lugar, quietas, como que esperando o momento certo para se manifestar.
Eclodir.
E eclodem.
Nós precisamos aprender a lidar com isso, que requer um esforço tremendo de autodeterminação e vontade de superar o cansaço e a desilusão que as muitas pontes que precisamos atravessar ao longo do tempo nos causaram.
 A repetição de certas cenas e palavras nos causam pequenos traumas.
Ou grandes, depende.
Muitas vezes, são questões que, de modo geral, vem de quem mais nos conhece e, sendo assim, quem agride sabe perfeitamente como ferir e atacar no ponto que faça o maior estrago possível.
E quem sofre as palavras duras, os gestos medonhos nunca, jamais esquece.
Entretanto, entendo que, embora nada saiba de psicologia - atrevo-me a dizer que de algumas coisas sei bastante, aliás, melhor dizendo,  sei o suficiente, para o bem estar de nossa saúde mental, um dia é aquele dia em que colocamos o ponto e viramos a página.
Por tais razões, há que se fechar a porteira para que o veneno destilado por outrem não invada nossa casa, nossa alma, nossa vida.
Deixemos os venenosos e os recalcados de lado e sigamos em frente, sempre em frente.
Colocar um cadeado em volta da porteira é difícil, eu sei.
Buscar reconhecer nossos traumas, aquilo que nos afeta profundamente e que nos faz mal, suas causas e, sobretudo, procurar afastar vigorosamente as consequências que deles advém é tarefa árdua.
Mas o outro lado da paisagem é extremamente compensador: ar puro, leveza e liberdade.
As melhores sensações que um ser humano pode usufruir!


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