sexta-feira, 28 de março de 2014

Exibimento de Mãe - II

Minha filha do meio, a Marina, a minha Jijinha, já nasceu a mil por hora e botando ordem na casa.
Tinha os cabelos bem lisinhos e loiros, que depois tornaram-se encaracolados e, mais tarde, novamente lisos...Marina, morena, Marina, você se pintou, era a música que eu cantava quando ela ainda estava na minha barriga.
Mamava desesperadamente e sempre queria mais, com 10 meses engatinhou e antes de completar 1 aninho, caminhou, decidida,  pelo pátio da casa de meus Pais.
Mimosa do Vô Edgard, a  minha Jijinha estava sempre às voltas com um paninho ( que era, na verdade, um lenço do Avô) que ela chamava de trapicho e dele não se desgrudava, olhava-me com seus imensos olhos cor de mel e a única coisa que eu desejava era estar sempre com ela, acarinhando aquela guriazinha linda que ria muito e batia pé, insistindo pelo que queria - prenúncio da força de vontade que norteou sua vida, desde sempre.
A melhor aluna, a Marina gostava também de outras atividades na escola, curiosa, antenada e decidida, pra ela nunca faltava tempo ou tinha tempo ruim.
E assim ela escolheu Engenharia Química, para espanto de todos nós, que somos ligados ao Direito e a Psicologia, e aquele caminho de fórmulas e cálculos intermináveis ela  trilhou com uma dedicação e uma determinação espantosas,  sua marca registrada.
Hoje, a Marina é Engenheira na empresa John Deer, onde trabalha há 8 meses, sai de casa as 6 hs da manhã, volta as 5 da tarde e encontra tempo pra fazer inglês, academia, aula de violão e, a partir de abril, vai começar uma Pós Graduação, com aulas aos sábados.
Para nós, que acompanhamos sua trajetória, é motivo de muito orgulho e alegria saber que ela está realizada na profissão que escolheu, amiga dos seus amigos, senhora de suas decisões e uma pessoa de bom caráter e de bom coração.
Esta mãe tem, ou não tem, motivos para estar feliz?



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