quinta-feira, 26 de junho de 2014

A Onda Cinza

Venho observando, e faz tempo, que muitas casas estão pintadas de cinza e suas variações: cinza claro, mais escuro, chumbo, meio lilás, mas, de qualquer forma, cinza.
Confesso que não entendo essa moda de pintar casas e pontos comerciais com uma cor que, a mim, lembra tristeza e baixo astral, por mais que digam que é chique.
Aliás, não é moda, é tendência, essa é a palavra correta para definir a questão.
Tendência.
Tá bem.
Não me importa a expressão e sim, a cor.
De igual modo, uma propaganda de determinado partido político aparece mostrando seus candidatos de lado, falando para um interlocutor que a gente não enxerga, eles não olham de frente para a câmera.
E o fundo é cinza.
Desnecessário dizer que não voto em candidato que, primeiro, não olha de frente e, segundo, tem às costas um painel cinzento.
Não me passa uma boa impressão, menos ainda uma mensagem clara.
Soa como algo soturno e, de coisas lúgubres, disparo.
Não entendo o que leva os profissionais a fazer esse tipo de coisa.
Vai ver, estou completamente fora dos padrões, considerando que pintei minha casa de uma cor entre o laranja e o salmão,  para escândalo dos arquitetos cinzentos, e minha calçada é bege: outro escândalo.
Bonito, mesmo, fino, é que tudo seja cinza, inclusive a calçada.
O carro.
O muro.
A vida.
Não!
Se porventura tivesse que morar numa casa cinza, teria uma síncope!
As cores, para mim, transmitem energia.
Por isso, depois de cinco dias com este céu cinzento e emburrado e a neblina fininha caindo sem parar, ando pensando seriamente em me mudar para o Nordeste.
Abaixo a tendência cinza, que a vida pede mais cor!




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