sexta-feira, 27 de junho de 2014

Aquilo que Queremos

Muitas vezes fico me questionando se, com 53 anos, não deveria ser mais calma e tranquila.
Talvez ficar um pouco mais séria, rir menos, falar sobre assuntos de alta indagação, filosofar, usar óculos de armação preta e franzir o cenho.
Serena.
Ponderada.
Bem que tento.
Será?
Não!
Só de pensar em serenidade, sinto uma irritação profunda.
Quando dou por mim, já estou com alguma novidade em vista ou um outro projeto em andamento, isso é o que dá sentido a minha vida, o impulso de seguir, de caminhar, se desbravar novos caminhos e conhecer lugares e suas gentes, quem sabe voltar ao lugar que visitei diversas vezes, mas com um olhar diferente.
Essa inquietação geminiana é altamente complicada, inclusive para mim, queridos amigos, não pensem vocês que é fácil conviver com um caldeirão interior, quase sempre em ponto de ebulição.
Por isso digo, quem sabe eu tento mudar e me transformar em alguém mais dócil e conformada com as circunstâncias e com os rumos que minha vida tomou, só que a inconformidade também faz parte do meu eu, é da minha essência.
E isso é o que não me deixa, por exemplo, sentar numa poltrona e ficar olhando o dia que vai passando, as horas escoando, lentamente, enquanto o vento, lá fora, balança os galhos das árvores.
Nesses momentos, penso naquela frase do Chico Xavier que diz o seguinte:
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.
Que frase sensacional!
Ou seja, o passado não tem remédio, está aí, faz parte do seu show e dele não tem como escapar.
Mas olhar para a frente, recomeçar e mudar tudo, isso podemos.
E, dependendo do caso, devemos.
Olhar bem para dentro de nós mesmos e buscar as respostas sobre aquilo que queremos e almejamos, arregaçar as mangas e sair à campo.
Ficar de braços cruzados olhando a caravana passar é que não dá.

Excelente final de semana a todos!

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