sexta-feira, 13 de junho de 2014

Românticos

Não há desculpa para não ser romântico, e a falta de romantismo sepulta qualquer amor.
Se o amor estava mais pra lá que pra cá, o ser que não é romântico dá o empurrão que falta para que você saia, em definitivo, daquela relação morna e sem graça, um pirão sem sal, um arroz empaçocado e aguado, sem o menor gosto.
Não há desculpa que sirva para a falta de romantismo, a não ser a única que realmente cola e a que a maioria dos casais se recusa a enxergar, por que a verdade dói: o amor acabou.
Simples, banal, até.
Coisa nenhuma.
Não há banalidade em um relacionamento que termina, não é bom, sempre ficamos com a sensação  de fracasso, ou de culpa, ou de que não fizemos o que poderíamos ter feito no tempo certo e aquele tempo acabou.
Não há desculpa esfarrapada que justifique a falta de romantismo.
Não serve a mais usual de todas: não tenho grana. Então vai lá numa pracinha qualquer, ou num murinho onde brotam aquelas rosinhas pequenas, e colhe um buquezinho  para o seu amor.
Não tive tempo: infame! Para o amor sempre temos tempo, salvo quando não nos interessa mais.
Pior fica se a pessoa tem um salário razoável no final do mês: não sobrou nem um pila pra comprar, que fosse, uma caixa de bombons no supermercado ou no armazém da esquina? Um pacotinho de balas de coco, um tijolinho.
Nada de nada.
Isso é a treva, é o cúmulo!
Sem romantismo, não há relacionamento que resista aos embates do dia a dia.
Ao menos disfarça um pouco...
Não. Quem não é romântico não se flagra que aquela falta de acarinhamento poderá  ser a pá de cal.
Cheguei à conclusão de que não há meio romântico: ou é, ou não é.
Ou é grosso que nem dedo destroncado ou é um daqueles de tirar o fôlego, e para isso, basta um gesto, que somente quem é romântico e entende do riscado sabe como fazer.
Tem muito homem que pensa que, em razão da igualdade feminina, não precisa fazer mais nada ou, pior ainda, fica achando que as mulheres têm que fazer.
Têm mulheres que pensam que, por estarem junto com o cara há tempos tampouco necessitam demonstrar nada em data nenhuma.
Ledo engano.
Uma mulher, por mais auto suficiente que seja, continuará sendo mulher, e nada será capaz de apagar essa condição.
Quem não for capaz de entender isso será, além de burro, mal intencionado.
Por outro lado, uma mulher que pensa que sabe  tudo sobre o seu amor e nem precisa comprar um chocolatinho no Dia dos Namorados talvez se surpreenda se, um dia, do nada, levar um pé.
Não terá sido do nada.
Tudo tem uma motivação.
Pode ser o somatórios das solidões amargadas, da flor que não recebemos, da surpresa boa que deixamos de fazer.
O Dia dos Namorados foi ontem, já passou.
Mas, e hoje?  você já beijou o seu amor hoje? Beijo, beijão, beijasso?
Pois é...
Movete!






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