domingo, 29 de junho de 2014

Holandeses e Alemães

Terminou, há pouco, o jogo entre México e Holanda.
 Para felicidade geral da nação o México meteu 1x0 na Holanda, tudo parecia estar indo muito bem, mas eu comentei com o Alberto, daqui a pouco a Holanda faz 1 gol, e aí, adeus, México.
Eles são aquele tipo de povo que não desiste nunca, e não tem absolutamente nada a ver conosco, brasileiros e latinos.
Não se entregam fácil, não.
Basta rever um pouco da história da Holanda e da Alemanha para ver.
Por isso, embora infeliz, porque não esqueço que, graças a Holanda ficamos de fora da Copa de 2010, com o mesmíssimo Sneijder que fez o gol no México hoje, temos que reconhecer a técnica mas, acima de tudo, a garra.
Eles tem garra de sobra, não brincam em serviço.
Da mesma forma, os alemães.
Lutam até o último pingo de suor, estão morrendo mas continuam correndo e driblando.
Esse é o diferencial.
Nós, latino americanos, somos emoção e, depois, técnica.
Eles são exatamente o oposto: primeiro, ganham o jogo, e o jogo só acaba quando o árbitro apita, antes não. Enquanto isso, eles vão correndo e usando todas as armas e táticas para liquidar com o adversário, mesmo que, aparentemente, estejam sob condições desfavoráveis, como agora, com um calorão de 35 graus, torcida contra e o sol escaldante sobre suas cabeças.
Nada disso é capaz de abalar o ânimo selvagem dessa gente, ao contrário.
Quem assistiu ao jogo viu que, após o gol do México, eles partiram pra cima com uma gana tremenda, e conseguiram.
Eles são bons, é verdade, assim como os alemães.
Mas, acima de tudo, têm de sobra o que falta aos latino americanos: o desejo de vencer.A gente quer ganhar, sim, mas eles lutam mais.
Muito mais!
Eles querem vencer, eles vão lá e fazem o que tem que ser feito, são frios, são calculistas, pensam na festa depois.
Nós, ao contrário, ao primeiro sinal de vitória,  relaxamos.
Muito antes de a partida terminar, já estamos soltando foguetes.
Na verdade, nossos fogos de artifício servem apenas para sinalizar onde nossa defesa é mais fraca, e eles vem e atacam, sem dó nem piedade.
Enchem a cara depois, quando voltam para  o Primeiro Mundo.
Quando será que iremos aprender?

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