terça-feira, 1 de julho de 2014

Comilanças

Assistindo aos maravilhosos jogos da Copa do Mundo, lá pelas tantas cheguei a uma triste conclusão: jamais serei uma mulher magra.
A combinação de sangue italiano com argentino deu nisto, uma pessoa que simplesmente adora cozinhar e faz de cada refeição uma liturgia.
Lembro-me de um namorado que tive que comia extremamente rápido, sentava-se à mesa, dava duas garfadas e liquidava a fatura.
 Um verdadeiro sacrilégio!
Enquanto isso eu ali, remando.
Comendo lentamente, uma garfada, outra, pausa para o vinho, otro bocadito...
Imaginem a alegria do camarada.
Mas, voltando à constatação de que nunca na história deste corpo habitará uma mulher esbelta, uma verdadeira sílfide, devo dizer que só nascendo outra vez ou, quem sabe,  uma internação de um mês em alguma clínica estética para uma repaginação dos pés à cabeça resolva.
É, quem pode afirmar que um dia eu não acorde com o outro Gêmeo extremamente incomodado com os quilos a mais e aí,  estará feita a rebelião, voltarei, um tempo depois magra, seca em vida, loira e siliconada.
Hay de todo en la viña del Senõr, diria minha Mãe.
Fato é que me gusta mucho la buena mesa, o que combina demasiado com os dias frios e nublados, típicos do nosso inverno.
Não dá vontade de sair para caminhar com uma neblina gelada e um vento cortante.
A ginástica, a gente pensa, pode ficar pra semana que vem.
Esteira em casa nem morta, nem sob tortura!
E assim vão passando os dias, e as comilanças vão trazendo seu indesejado efeito.
Por sorte, a Copa do Mundo está terminando.
Enquanto isso não acontece, tenho me virado nos trinta em minha pequena cozinha preparando algumas receitinhas simples, mas muito boas, aliás, um dos meus sonhos é ampliar o espaço que divido com o fogão e ficar ali me divertindo, às voltas com temperos e especiarias.
Doces e salgados.
Pero que divino!
O único consolo que me resta é que, dizem, quando a gente cozinha ou faz a sobremesa, perde o apetite, enjoa e nem sente vontade de comer.
Bueno, meus queridos amigos, essa receita eu ainda não aprendi!


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