quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Bibo Guri, O Gato Rebelde

Minha Avó materna Adelaida adorava gatos, e tinha-os em grande profusão. Ao todo, estirados sobre o piso de ladrilhos vermelhos da área de sua casa, enroscavam-se em torno de oito bichanos de diferentes pelos e feitios.
Pensando nas histórias que me foram contadas por ela e, em homenagem a sua memória, escrevi um  livro infantil que até o final do ano, se Deus quiser, estará publicado.
Bibo Guri, O Gato Rebelde conta a história de um gato especial e encantado que veio do mundo das fadas direto para a casa de Adolfo e Maria Luisa,  trazido por seu Ramão, o guarda da rua, a fim de colorir e movimentar ainda mais a vida da pequena Albita, filha única do casal.
A seguir, um pequeno trecho:
" Ele era bem pequenininho quando o vigilante da rua aparecera, numa fria tarde de sábado do mês de junho, dizendo que sua gata havia dado cria e que aquele gatinho não tinha onde ficar.
Sobrara.
Se ficasse solto, morreria.
Quando a menina Albita viu aquele animalzinho pequeno e indefeso olhando-a com seus olhos de um tom azul escuro apaixonou-se e, de imediato, rendeu-se aos encantos do bichano.
Maria Luisa bem que tentara fingir que não gostara do gatinho, mas derretia-se toda quando ele a olhava e, logo a seguir, saltava em seu colo, os olhos semi cerrados, fazendo ronc, ronc, ronc...
Os meses se passaram, e Bibo foi crescendo, ficando, a cada dia, mais esperto, sapeca e lindo.
O pelo crescera tanto que tapava-lhe os olhos.
O peito era de uma penugem branquinha e, no restante do corpo, misturavam-se as cores, que iam do marrom claro ao bege, com alguns fios cinzentos.
Além disso, era gordo, comendo vorazmente tudo que encontrava pela frente.
Hum, que cheirinho delicioso! É Adolfo, abrindo a geladeira, Vem trazer-me algum petisco, com certeza. Preciso estar bem alimentado, ora essa! Senão, como terei forças para namorar  Manú, a gata siamês de Dona Cotinha?
Seu prato favorito também eram pequenas lagartixas e rãs que apareciam no pátio da casa em dias de chuva, as quais ele ficava caçando, perseguindo os pobres bichinhos até conseguir pegá-los
.Bibo sabia que era bonito e adorava estar na calçada, sobre o muro, olhando a movimentação da rua, não perdia ponto de nada, virando a cabeça de um lado para outro, como se fosse gente.
Como sou feliz! Moro nesta casa cercado de carinho, todos me adoram. Também, não há como não gostar de mim, eu sei que sou especial!
Os dias passam tão depressa que logo chegará dezembro e, com ele, virá o lançamento do livro infantil e a segunda edição de A Árvore Das Plumas Vermelhas.
Guardem a curiosidade, e até lá!

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