quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Desculpe, Estamos Em Obras

De vez em quando, eu deveria colocar um aviso no gramado da frente de casa com a seguinte frase: desculpe o transtorno, estamos em obras.
É que o ruído e o vai e vem de pedreiros e caminhão descarregando materiais deve irritar meus amados vizinhos e,  como eu os adoro, de jeito nenhum faria alguma coisa para perturbar sua paz.
Meus vizinhos são pessoas maravilhosas que conheço há muitos anos, antes, inclusive, de vir morar neste endereço, são amizades antigas dos tempos em eramos quase crianças.
Quando meus Pais foram embora, eles foram os primeiros a me acudir e consolar, lembro-me vagamente daqueles dias infernais, mas do grande carinho deles, do afeto e da solidariedade  não esquecerei jamais.
Mas, a questão hoje são as obras.
Coisa que me dá uma grande alegria é ter que andar às voltas com pedreiros, carpinteiros, ir a uma loja de material de construção comprar cimento, cimento cola, cal, lixa, negociar a entrega, escolher um piso novo, falar com o serralheiro, é, eu gosto muito de toda essa função.
Pior é que sou tipo pau de enchente, à medida que vou caminhando pela loja vou parando, pois sempre encontro algum conhecido e capaz que não vou puxar papo e trocar figurinhas sobre o preço do cimento, a melhor marca de tinta ou aquele revestimento que anda fazendo sucesso no mercado.
Também tenho predileção por carroças, elas fazem parte do show da mudança, claro que sempre que penso em fazer alguma reforma,  a primeira pessoa que me vem à cabeça é o Hugo e sua carroça de frete, ele também, conhecido de longa data.
E hoje, como precisei falar com o pedreiro, imediatamente uma felicidade me invadiu, é como se me dessem corda, e já me pus a planejar e bolar unas cositas o que, para mim, significam dias de grandes movimentações.
Inclusive, tem gente que não entende porque não me atraco numa loja de sapatos e troco, de bom grado, uma limpeza de pele por uma voltinha numa loja onde possa comprar azulejos, portas e uma lata de selador.
Eu sou assim mesmo, quando estou em obras fico extremamente animada e mais não faço porque me faltame o glamour, se é que me entendem.
Também adoro passar adiante os objetos que não tem mais utilidade para mim.
A propósito, soaria estranho eu escrever algo como adoro dar...está rindo, né? mas a verdade é que gosto de dividir com outras pessoas que talvez precisem o que para mim não tem mais serventia.
Enfim, para felicidade geral desta que vos escreve, hoje dei início aos trabalhos de uma pequena reforma, o que me proporcionou uma tarde de muita alegria, andei a mil pela cidade com meu cascudo azul marinho que me entende como ninguém, afinal, faz anos que andamos juntos, é um buraco aqui, um solavanco acolá e não importa, ele nunca me deixa na mão, meu grande amigo Siena!
Pelos meus planos, estarei envolvida até o final de outubro, por aí, mas como obra sempre atrasa...
Nada que consiga estragar minha faceirice.
Depois de tudo pronto, uma passadinha na floricultura para enfeitar a casa e uma pequena reunião para comemorar o fim das obras e, claro, adoçar meus amados vizinhos.





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