terça-feira, 26 de agosto de 2014

O Tempo Interior

Como é bom poder estar em casa, estirada no sofá com meu doce amargo, observando pela janela o dia indo embora.
Depois de muitas andanças, finalmente uma trégua para sorver mi matecito como a mi más me gusta, ou seja, solita no más, escutando apenas o canto dos pássaros e o farfalhar do vento nas folhas das árvores, eu sou mesmo uma romântica incorrigível e, mais ainda, uma otimista de carteirinha, pois acredito firmemente na força do pensamento, dos fluídos positivos, nas energias poderosas.
Embora nosso entendimento não capte, de imediato, a extensão certos fatos, nada é por acaso.
Frase feita para um retorno depois de ter submetido meu fã clube de meia dúzia de gatos pingados a um jejum de seis dias sem postar absolutamente nada.
Foram tantos fatos e acontecimentos desde o dia 18 que simplesmente congelei, pois precisamos, antes de mais nada, assimilar as coisas, e isso demanda tempo.
O tempo interior de cada um é uma medida que não possui fórmula nem obedece receita, apenas o coração manda e determina, reinando absoluto.
Minha tia Édina, irmã de meu Pai, foi embora justamente no dia 18 de agosto, quando fazia pouco que eu havia publicado uma postagem alegre sobre uma das tantas artes que costumo fazer quando estou no Portinho, passagens hilárias que me acontecem.
Por questões que fugiram de nossa alçada,  ela e eu não nos encontrávamos há mais de seis anos.
Terminou  o agradável convívio que mantínhamos antes,  mas isso não me impediu de pensar nela, de recordá-la com imenso carinho, de sentar-me onde costumo ficar quando estou pensando nas voltas que esta vida dá.
Melhor é não pensar muito... como se fosse possível desligar o botão da mente e mandar o coração soterrar todos os sentimentos.
Não é assim que funciona, não comigo.
Nós tivemos uma história juntas, ela e eu.
Ela foi uma tia presente, carinhosa, afável, extremamente sincera e franca, não mandava recados, dizia na lata o que precisava ser dito e não tinha papas na língua.
Uma mulher de uma fibra impressionante, que sei que me amou muito e a quem também amei.
Não se pode misturar as estações e achar que um determinado ato ou fato terá o condão de apagar a história de uma vida inteira.
Concluo,  portanto,  que, apesar dos pesares, o amor é a força mais poderosa.
Ele, e somente ele,  tudo supera e a tudo perdoa.
Não há sentimento maior  e mais sublime!



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